domingo, 15 de fevereiro de 2015

Como ter um relacinamento com Deus 5 topicos necessarios!


I – DEFINIÇÕES GERAIS.

Texto: (Mt 12.25) “Jesus, porém, conhecendo-lhes os pensamentos, disse-lhes: Todo reino dividido contra si mesmo é devastado; e toda cidade, ou casa, dividida contra si mesma não subsistirá.”

Introdução: O bom relacionamento entre duas pessoas é difícil de ser mantido. Conhecendo a teoria do relacionamento humano, podemos evitar muitos problemas e isto vai nos ajudar a viver uma existência bem-sucedida. Salomão é conhecido como o homem mais sábio que já existiu até o dia de hoje (2 Cônicas 9.22-26). Apesar dos defeitos de Salomão (que procuraremos não olhar) sua sabedoria serve de exemplo para nós. A principal coluna da sabedoria de Salomão esteve na arte dos relacionamentos. Podemos notar que seu reino não é conhecido pelas grandes batalha, mas pelas alianças que fez e a sua inteligência em manter os relacionamentos. Dentre as principais características a serem observadas no Bom relacionamento, podemos classificar:

I.1. A direção

O relacionamento pode ser mantido em duas direções: vertical e horizontal. Às vezes acontece que a direção pode variar independente de serem as mesmas pessoas, exemplo: ser empregado de um irmão da igreja, a esposa ser chefe do marido no emprego, o filho ser pastor na igreja, etc. Nesses casos, é preciso saber observar o contexto para não invadir o espaço do outro.

I.1.a. Vertical: No caso do relacionamento na direção vertical, há que se considerar a distância hierárquica que separa as partes da relação: “manda quem pode, obedece quem tem juízo”. Até os animais reconhecem a superioridade dos outros. Por exemplo: depois de uma caçada muito sacrificante, quando se prepara para degustar a carne da caça, surge um bando de hienas e faz com que o poderoso leão renuncie ao seu almoço por reconhecer-se impotente diante do bando.

A maior distância hierárquica que existe é entre Deus e o pecador (para diminuir esta distância, Deus construiu uma ponte de madeira em forma de cruz). Mesmo assim, não podemos nunca esquecer que Deus é a autoridade e nós somos os servos.

O relacionamento com Deus é mais fácil do que os relacionamentos VERTICAIS com o homem, pois Deus lubrifica a engrenagem com óleo de MISERICÓRDIA, pomada de GILEADE, azeite do ESPÍRITO. No caso de relacionamentos entre seres humanos é muito difícil. Quando lemos a história de Gideão (Juízes 6-7), tudo nos parece verdadeiro e real. Ninguém questiona o que aconteceria de os 9.700 homens que foram mandados de volta para casa resolvessem desobedecer, ou mesmo debater, ou discutir a autoridade de Gideão. Ali dizemos que não se pode questionar a bíblia. Mas quando lemos as instruções de Deus dirigidas a nós, aí a gente começa a inventar teorias para tentar desmentir a bíblia sem desmentir Deus. Como vocês entendem os versículos:
1 Pedro 5.5-9; Tito 2.6; Efésios 6.1-3;

I.1.a.1. Sentido: de cima para baixo ou de baixo para cima;
servo-patrão – 1 Pedro 2.18; Efésios 6.5-9;
patrão-servo - Colossenses 4.1
pai-filho – Efésios 6.4;
filho-pais – Colossenses 3.20;
jovem-idoso – 1 Timóteo 5.4;
crente-pastor – 2 Timóteo 2.24; Hebreus 13.7, 17.

O relacionamento vertical torna-se ainda mais difícil quando uma dessas pessoas é Deus. Mais difícil para entender, mais fácil para viver. Deus é fiel!

I.1.b. Horizontal: O relacionamento horizontal sempre foi problemático. Irmão briga com irmão deste CAIM e ABEL, ESAÚ e JACÓ, etc, etc. Mais difícil ainda é o relacionamento entre homem e mulher (os animais irracionais se relacionam mais corretamente do que humanos). Situações cotidianas se repetem, levando casais a se separarem, namoros abençoados por Deus a serem interrompidos e destruição de famílias.
Irmãos – Marcos 3.17;
Irmão-irmã – Tiago 4.11;
Irmãs – Atos 21.9.
I.1.b.1. Sentido: de lá para cá ou de cá para lá.
Homem-mulher – 1 Pedro 3.3;
Mulher-homem – 1 Coríntios 7.2; 1 Pedro 3.4-6.

I.2. A Intensidade

Quanto à intensidade, o relacionamento admite considerar um universo que vai do SUPERFICIAL até o PROFUNDO, passando por toda uma gama de possibilidades. Para haver um relacionamento saudável, é necessário que os participantes do relacionamento tenham consciência permanente da intensidade da relação, sabendo que a situação positiva ocorre quando a intensidade cresce com o passar do tempo. Para melhor exposição vamos agrupar em 3 classes:

I.2.a. Superficial: Podemos tomar como exemplo a relação entre um comprador que entra em uma loja pela primeira vez e o vendedor que o atende. Exemplo: Simei e Davi ( 2 Samuel 16.7-13; 19.16-23)

I.2.b. Intermediária: É a relação entre aluno e professor numa escola, entre namorado e namorada, entre companheiros de trabalho, etc. Mesmo uma relação intermediária pode ser aprofundada pelo amor sincero. Exemplo: Davi e Jônatas (1 Samuel 18.1,3).

I.2.c. Profunda: A relação é chamada profunda quando é irreversível, como nos casos de marido e mulher, pais e filhos. Exemplo: Elcana e Ana (1 Samuel 1); Jacó e Isaque (Gênesis 21.8).

A relação mais profunda que existe é estabelecida entre Deus e o homem. Exemplo: Abraão (Tiago 2.23).

I.3. O Equilíbrio

O EQUILÍBRIO é a parte mais complicada em uma relação. O equilíbrio adequado é aquele em que ambas as partes cumprem seus compromissos e buscam seus direitos de forma pacífica e respeitosa. Para compreendermos bem esta parte, vamos classificar em duas classes:

I.3.a. Instável: Ocorre quando uma das partes age com egoísmo, buscando vantagens sobre vantagens, sem observar os limites e necessidades do outro. A relação instável caminha para a dissolução e o remédio para recuperar as perdas está em obedecer (os dois) o mandamento de Jesus e seguirem as instruções da bíblia. Exemplo: a relação entre Acabe e Josafá (1 Reis 22.4) – a relação era instável porque Acabe não gostava de ouvir Deus falar, enquanto Josafá sabia que a vitória só é segura para quem obedece fielmente a Deus. .

I.3.b. Estável: Ocorre quando as duas partes se completam, compreendendo cada um as necessidades do outro. Quanto mais os participantes da relação conhecem suas posições e respeitam uns aos outros, a relação tende a se eternizar. Um bom exemplo é a relação do homem com Deus, veja: Embora Deus tenha o direito de exigir tudo o que queira do homem, a única exigência que Ele nos faz é a fidelidade. Do lado do homem, aquele que desejar manter uma relação estável com Deus, deve entender que Deus não existe para satisfazer suas vontades (necessidades?); nós é que temos que fazer a vontade de Deus. O equilíbrio está na fidelidade de Deus, pois a todos aqueles que buscam fazer a Sua soberana vontade, Ele recompensa dando muito mais do que pedimos ou pensamos. Efésios 3.20,21.

Numa relação estável marido-mulher, o homem não age como patrão da esposa, exigindo dela o cumprimento de dezenas de tarefas, sem prestar a contra-partida. Na relação estável, ao contrário ele recompensa sua dedicação com presentes, carinhos, elogios e procura cumprir com suas obrigações. Um exemplo de relação instável para ser evitado é o de Abigail e Nabal (1 Samuel 25.3)

I.4. A Amplitude

Uma relação abrange um vasto escopo de amplitudes, variando desde o restrito até o vasto.

I.4.a. Restrito: a comunicação é chamada Restrita quando se dá entre duas partes bem definidas. No relacionamento de amplitude restrita a comunicação precisa ser elaborada com especial cuidado pelo quesito respeito ao direito do outro. É muito importante a manutenção da confiança, de modo que uma parte nunca expõe a outra diante de terceiros.

I.4.b. Amplo: a comunicação é chamada Ampla quando se dá entre mais do que duas partes, ou quando em duas partes, sendo uma delas composta de múltiplas pessoas. Na comunicação ampla é comum uma das partes ser EMISSOR para as demais. Nesse caso é preciso que o EMISSOR separe momentos especiais para dar oportunidade aos demais de expressarem seus pensamentos e defenderem seus interesses. Quando o emissor fecha os ouvidos para os companheiros, diz-se que o relacionamento é uma TIRANIA.

I.5. A Dureza

A Dureza de comunicação pode variar da brandura (Provérbios 24.10) à dureza exagerada. Houve um rei chamado Roboão que usou de dureza na comunicação com o povo e o resultado foi a quebra do reino em duas partes, pois o povo não aceitou tanta dureza.

Um bom relacionamento requer equilíbrio também na dureza da comunicação. Quando a pessoa usa freqüentemente expressões acusativas, do tipo: - está errado!; ou - seu burro!; ou (uma das piores) – é por isso!. Há pessoas que não conseguem se controlar. A qualquer hora usam esse tipo de dureza. Não há relação que resista. A bíblia orienta (Provérbios 15.1).

Também não se pode aceitar que a pessoa que está no comando se omita de sua autoridade pelo medo de perder ponto na relação. Quando Jesus falou acerca da entrada dos ricos no Reino dos Céus, alguém protestou dizendo: “Duro é este discurso!” e, em seguida, muitos começaram a se retirar. Jesus, com a firmeza necessária para o momento retrucou (João 6.66,67) .

Para manter um relacionamento estável e duradouro, é preciso conhecer (e praticar) pelo menos quatro princípios fundamentais que estaremos observando nas próximas aulas.

II – RECIPROCIDADE.

"Portanto, tudo o que vós quereis que os homens vos façam, fazei-lho também vós a eles;" (Mt 7.12a).

A RECIPROCIDADE considera os seguintes aspectos:

II.1. TOLERÂNCIA, Quem gosta de pressionar não resiste à pressão - Viver pressionando os outros gera antipatia e afastamento. Há pessoas que sentem prazer em AGULHAR os companheiros de peregrinação. Só que estas pessoas não percebem que as melhores amizades sempre vazam, as oportunidades nunca lhe são informadas. Claro, quem vai querer um companheiro que vive pressionando. Para haver um bom relacionamento é preciso trocar a INTOLERÂNCIA pela MISERICÓRDIA (Colossenses 3.12)

II.2. EQÜIDADE - Quem gosta de distribuir trabalho não gosta de trabalhar. O Reino de Deus é estabelecido sob um cetro de eqüidade (Hebreus 1.8).

Num relacionamento com eqüidade, uma parte do relacionamento nunca exige da outra algo que não possa ser cumprido. Há pessoas que sentem prazer em criar desafios nos relacionamentos. A bíblia condena esta atitude (Atos 15.10).

Falta de Eqüidade também acontece no caso de JUGO DESIGUAL. Imagine se alguém colocar o mesmo JUGO (instrumento de madeira) sobre os pescoços de um carneiro e de um Leão, esperando que os dois andem juntos por um dia inteiro. Ou se unirem sob um mesmo jugo um camelo e uma cabra para puxarem juntos uma carroça pesando quinhentos quilos. A própria bíblia ordena, em 2 Coríntios 6, verso 14: “ Não vos prendais a um jugo desigual com os infiéis; porque que sociedade tem a justiça com a injustiça? E que comunhão tem a luz com as trevas?”. Por outro lado, Jesus nos recomendou em Mateus 11, verso 29: “Tomai sobre vós o meu jugo, e aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração, e encontrareis descanso para a vossa alma.”. O jugo de Jesus é suave, porque Ele conhece todas as nossas fraquezas. Ele já experimentou todas as nossas dores. Por isso Ele está preparado para ter um relacionamento infalível. Um dos primeiros casos de jugo desigual relatados na bíblia, aconteceu com Esaú, que casou com esposas cananéias (Gênesis 26.34,35), deixando tristes os pais que eram tementes a Deus e sabiam da maldição colocada sobre os cananeus.

II.3. MISERICÓRDIA - Quem acusa não admitem ser acusado. Quando alguém erra, a pessoa sem misericórdia cai de pau. Mas quando ela erra, acha que todos devem compreender os motivos de seu erro. (Tiago 1.19). Uma das maiores chaves para abrir a porta do bom relacionamento é saber esperar o momento certo para falar, a bíblia ensina: “O homem se alegra na resposta da sua boca, e a palavra, a seu tempo, quão boa é!” (Provérbios 15.23).

II.4. COMPROMISSO – Num bom relacionamento as partes envolvidas precisam cumprir os compromissos inerentes à relação. Quando um aluno entra na escola é para aprender, o que se espera do professor é que este o ensine. Quando contrata um empregado, o empresário espera que o este execute suas tarefas corretamente e de boa vontade. Na relação entre pais e filhos, aos filhos cabe a obediência e aos pais compete suprir as necessidades. No casamento é muito comum a esposa querer assumir o papel de supridor, enquanto o marido não corresponde ajudando nas tarefas do lar. Há esposas que exigem demais do marido, ultrapassando sua capacidade de suprir. Também há casos de falta de companheirismo. O pensamento machista impede os homens de fazer tarefas “femininas”, tais como enxugar a louça, passar pano no chão, etc. No quesito compromisso, tanto uma parte como a outra precisam ser fiéis ao que prometem. Na relação entre Deus e o homem, Deus nunca deixou de cumprir suas promessas. Deus é fiel. Mas o homem costuma agir com egoísmo, virando as costas para Deus na hora em que não está sentindo necessidade. O resultado é dor e sofrimento.

O relacionamento sofre pressão de diversas fontes para ser destruído, pois não interessa ao diabo que as pessoas vivam em harmonia e perfeita comunhão. Uma das maiores fontes de pressão contra o bom relacionamento é o correr do tempo. Quando o relógio começa a correr e as partes do relacionamento não estão sintonizadas no mesmo objetivo, a briga está rondando bem de perto. Um fica cheio de pressa e os nervos à flor da pele, enquanto a outra pessoa está descansado e irritante. A melhor dica para o bom relacionamento é buscar um acordo permanente para evitar esse tipo de problema.

Precisamos considerar que em todo relacionamento existe alguém do lado de fora torcendo para a derrota. Enquanto a mulher está irritando o marido que tem pressa para um compromisso, uma “adversária” está torcendo para ver uma briga catastrófica. Enquanto o marido fica desinteressado pelos assuntos da esposa, há sempre um “adversário” esperando pelas sobras da briga. Enquanto um empregado começa a fazer pirraça no emprego, trazendo aborrecimento ao patrão, há sempre um desempregado esperando aquela vaga. Agora o que é pior: quando o crente começa a fazer corpo mole com as coisas da igreja, o ADVERSÁRIO está rondando bem de perto para colher as sobras do desastre.

Quem planta vento colhe tempestade. Quem critica o servo do Senhor, se candidata a ser futuramente criticado. (1 Coríntios 9.6-14)

A maior lei implantada na Dispensação da GRAÇA, é conhecida como a LEI DA SEMEADURA e se encontra em Gálatas 6.7. É ela que nos dá a certeza de que tudo o que fazemos de mal para os outros, retorna em mal para nós. E tudo o que fazemos de bem para os outros, retorna em bem. Não concordamos com o ditado popular do AQUI SE FAZ AQUI SE PAGA, porque esta questão foi levantada por ASAFE e Deus o consolou mostrando que muitos dos males feitos pelas pessoas ruins, serão “recompensados” pelo próprio Deus no local e na hora escolhidas por Ele. Salmo 73. Para as pessoas que entendem a lei da semeadura como um argumento para se vingarem de males recebidos, Deus declara nitidamente em Romanos 12.19.

Princípios de Deus Para Um Bom Relacionamento

III – COMUNICABILIDADE.

“Jesus, porém, conhecendo-lhes os pensamentos, disse-lhes: Todo reino dividido contra si mesmo é devastado; e toda cidade, ou casa, dividida contra si mesma não subsistirá” (Mt 12.25).

Se por um lado a má comunicação é causa da quebra de muitos relacionamentos, a boa comunicação pode ser o instrumento mais poderoso para restaurar relacionamentos instáveis. Então é bom conhecer um pouquinho sobre a teoria da comunicação.

Para haver comunicação é necessária a presença de vários elementos básicos, a saber: MENSAGEM, EMISSOR, RECEPTOR, CANAL. MENSAGEM é a essência do que se deseja comunicar (quando abusamos de mensagens profanas, só podemos colher coisas ruins, mas se procurarmos comunicar som mais freqüência a mensagem das coisas santas, o relacionamento melhora). EMISSOR é a pessoa que emite a mensagem. RECEPTOR é quem recebe a mensagem. Um dos grandes problemas na comunicação acontece quando a pessoa quer ser, ao mesmo tempo, EMISSOR e RECEPTOR. Há um antigo dito popular que ensina: quando um burro fala, o outro abaixa a orelha. O ditado corresponde ao conselho de Tiago 1.19.

CANAL é o veículo por onde a mensagem trafega desde o emissor até o receptor. Podemos citar como exemplos: CDs, DVDs, TV, ORKUT, OUTDOOR, LETREIROS, CELULAR, CAIXA DE SOM, MÍMICAS, DANÇAS, CARTAS, ENCENAÇÕES etc.

Além desses elementos básicos há também alguns elementos SECUNDÁRIOS, que apesar disso, exercem grande influência no resultado da comunicação, a saber: VOLUME, BRILHO, CONTRASTE, TOM, RITMO, ENTONAÇÃO. Ninguém pode entrar no gabinete do prefeito bradando em alta voz. Quem quer realizar uma boa comunicação não pode falar muito devagar, nem muito depressa. O tom de voz pode revelar o estado de espírito de quem fala.

Numa relação duradoura é preciso zelar pelos atributos da comunicação, sabendo observar a vez de falar e a de ouvir. Os temas (mensagens) devem ser trabalhados em contexto adequado. Exemplo: A esposa não deve criticar o marido para outras pessoas em nenhuma circunstância. O marido nunca deve maltratar a esposa na frente de outras pessoas. Assuntos particulares só devem ser discutidos no ambiente privado. A relação fica fragilizada quando um dos participantes expõe o outro. Vamos estudar o que aconteceu com o casal em (Juízes caps. 19, 20 e 21).

III.1. Instáveis geram confusão "Seja, porém, o vosso falar: Sim, sim; não, não; pois o que passa daí, vem do Maligno" (Mt 5.37).

Simei - Quando Salomão propôs um ato de misericórdia, ele respondeu: “Boa é esta palavra” (1 Reis 2.36-39), mas na hora de cumprir sua parte, já não achou tão boa. Pagou com a vida. Centenas de milhares de relacionamentos são abalados pela LEI DE GERSON, que Simei tentou aplicar. Melhor ser como Jefté (Juízes 11).

III.2. Prepotentes gostam de falar, mas recusam-se a ouvir - Senaqueribe podia continuar vencendo se não tivesse usado a prepotência. (2 Crônicas 32.15). Um exemplo a ser seguido é o de Naamã (2 Reis 5.11-17) que, mesmo não pertencendo ao povo de Deus, e mesmo sendo grande autoridade, deu ouvidos à instrução de Eliseu e saiu com sua cura. Chamo atenção para a parte final do versículo 17 (de hoje em diante so adorarei ao SENHOR).

III.3. Saber falar pode poupar uma vida – Saber falar significa vários aspectos:

• A Forma - João Batista falou para Herodes: “Há adultério em que casa” (Lucas 3.19). Pagou com a Vida. Nata falou para Davi a mesma palavra, mas com sabedoria o falou: salvou sua vida e a do rei. (2 Samuel 12.1-10).

• O Assunto – Quando uma parte do relacionamento discorda da outra parte em torno de um assunto, elas devem encontrar alternativas amigáveis para encerrar a discórdia. Josafá e Acabe não chegavam a um acordo sobre a guerra, Josafá propôs ouvir o conselho de Deus, mas Acabe queria forçar a barra. Perdeu a vida. (1 Reis 22.4-7, 34, 35).

• O Ambiente – Muitas vezes o assunto está certo, a forma de falar está certa, mas o ambiente é impróprio. Por exemplo: o homem acabou de receber o salário, mas chega em casa e encontra visitas. Entre elas um que adora lhe pedir dinheiro. Essa é uma hora mais do que imprópria para a esposa pedir dinheiro. Ou ainda: a esposa acaba de dar à luz e o marido resolve reclamar porque os outros filhos dão muito trabalho. Decididamente, o ambiente influi no sucesso ou fracasso da comunicação.

• O Momento – Saber comunicar é também saber escolher o momento adequado para falar. Aimaas se apressou em dar a notícia da morte de Absalão e se deu mal (2 Samuel 18.19-30).

IV – FIDELIDADE.

"E quem não toma a sua cruz, e não segue após mim, não é digno de mim" (Mt 10.38).

Ser fiel é ser confiável. Não fala apenas de traição, mas também fala de honestidade. Um funcionário confiável é aquele que o patrão pode entregar a chave da loja e ficar tranqüilo. Um namorado confiável é aquele que não fica esticando os olhos para toda garota que passa. Um obreiro confiável é aquele que não aproveita oportunidade para ferir alguém com palavras.

O ciúme é o maior cupim de um relacionamento. Algumas pessoas defendem a idéia da essencialidade do ciúme. Pode até ser verdade, mas o problema é que o ciúme constitui um esconderijo para a falta de confiança. Também constitui num estopim para reações intempestivas que causam grandes arrependimentos (Provérbios 6.34). A única pessoa em todo o universo capaz de ter ciúmes de uma maneira saudável é Deus (Tiago 4.5),

A FIDELIDADE permite considerar os seguintes aspectos numa relação:

IV.1. SINCERIDADE, Quem trai (ou adultera) vive desconfiado. A mentira está em quase todos os pecados (João 8.32). Ocultar a verdade, às vezes tem o mesmo valor que a mentira – os irmãos de José induziram o pai (Gênesis 37.32-35); Falta de transparência é o tijolo que constrói o castelo da mentira (Gênesis 20.2; 26.7).

IV.2. LEALDADE (mais profundo que honestidade) - Quem trai não aceita traição. Ser leal não é somente ser honesto. Ser honesto é ser confiável, mas ser leal e estar lado a lado, é sentir as mesmas dores, é se alegrar nas alegrias e compartilhar as tristezas. Joabe (2 Samuel 18.5; 18.14; 20.9,10) era confiável, homem de guerra e dava sua vida por Davi, mas na hora que Davi o enviou para vencer Absalão sem matá-lo, ele mostrou seu caráter traidor e assassino.

Há na bíblia bons exemplos de FIDELIDADE. Josué, mesmo sendo enganado pelos GIBEANITAS, fez uma aliança com eles e, por seu caráter FIEL, ele cumpriu sua parte, chegando até a enfrentar inimigos perigosos só para defendê-los. Davi protegeu Mefibosete, filho de seu amigo, mesmo quando o amigo já estava morto, isso é FIDELIDADE.

Depois que Gideão derrotou os midianitas, ele saiu em perseguição aos seus reis Zeba e Salmuna (Juízes 8.4-15). No caminho ele perguntou ao povo de Penuel se sabiam onde encontrá-los. O povo, em vez de ser leal a ele, apostaram que os reis o venceriam. Mas como Deus era com Gideão, ele venceu os reis e na volta o povo pagou por seu erro. Se leal é a melhor forma de se livrar de aborrecimentos..

IV.3. SIMILARIDADE, Quem engana não aceita ser enganado - Labão (Gênesis 29.15) passou vinte anos enganando e explorando seu sobrinho, numa relação desigual. Quando Jacó foi embora, ele foi atrás cheio de ira. Se não é a intervenção de Deus, o relacionamento terminaria em tragédia.

Se há um relacionamento onde a fidelidade é fundamental, este é o relacionamento do homem com Deus. Deus é fiel e espera que o homem que se diz seu filho seja também fiel (à sua imagem e semelhança). Todos os homens da bíblia que foram fiéis a Deus alcançaram vitórias incomparáveis. Assim é até os dias de hoje: Deus requer fidelidade. Não se pode servir a dois senhores.

V – PERDOABILIDADE.

Saber perdoar é fórmula eficaz para todo relacionamento. José foi lançado na cova por seus irmãos, vendido como escravo e, em decorrência disso, acabou indo para nas prisões do Egito. Mas Deus o levantou e ele virou governador e homem de confiança de Faraó. Seu comportamento não foi de guardar mágoa, nem ódio dos irmãos. Também não esperou que os irmãos aparecessem para pedir-lhe perdão. Ao invés disso, ele buscou esquecer e perdoar espontaneamente. Prova disso está em Gênesis 41.51,52.

"Porque, se perdoardes aos homens as suas ofensas, também vosso Pai celestial vos perdoará a vós;" (Mt 6.14).

V.1. Moralista se supõe infalível – A classe dos relacionamentos com pessoas moralista se dá no livro de Jó (capítulos 4, 8, 11 e 32). Enquanto Jó passava pelos sofrimentos insuportáveis, seus “amigos” chegavam-se a ele para dar lições de moral e passar conceitos religiosos que visavam apontar possíveis causas para tanto sofrimento. A relação só não ficou abalada porque Jó era verdadeiramente um homem de Deus e soube receber as lições de moralismo, chegando a perguntar para Deus se ele realmente estava em erro diante de Deus. Mas a sorte dos moralistas foi que Jó resolveu orar por eles.

Quando uma pessoa é picada pelo mosquito do moralismo, ela se torna incapaz de perdoar erros da outra parte do relacionamento. Neste caso, o relacionamento fica muito difícil de ser mantido e à pessoa acusada só resta esperar que Deus permita que o moralista passe por situações semelhantes para que possa sentir na carne o mesmo que ele. Quando isso acontece o moralista ainda acha explicação para seu erro. Só Deus na causa!

Para sorte de Jó, depois que os 3 moralistas o acusaram sem dó nem piedade, surge um moralista maior para apontar o erro dos outros três. Deus estava ao lado de Jó.

V.2. Legalista condena a todos – Para o legalista todos estão errados. Ele vive apontando o erro dos outros. Sempre encontra uma lei para usar como arma, a fim de fortalecer sua posição no relacionamento. Só não percebe que esse tipo de relacionamento perdura enquanto a outra parte estiver subjugada sob seu jugo. Mas, tão logo a outra parte consiga oportunidade para sair do relacionamento, ela cai fora, deixando-o a ver navios.

A posição de Deus para esse tipo de pessoas é de compaixão, pois ele termina só. O legalista normalmente é também ingrato. É o tipo de pessoa que entra numa empresa indicado por um amigo e logo que está estabelecido, começa a apontar os erros do amigo que o ajudou. Antes que perceba, o amigo fica desempregado (e ele também é demitido logo que o patrão descobre seu caráter). Bom seria se o legalista conseguisse perdoar o erro do amigo, ao lembrar do favor que lhe fizera.

V.3. Dominador se acha infalível - Há pessoas que só entram em relacionamentos para obter vantagem sobre a outra parte. Só elas podem liderar. Não lembram que Jesus lavou os pés dos discípulos para mostrar que até a maior autoridade do mundo tem seus momentos de submissão.

Outra característica dos dominadores é sair da relação difamando a outra parte. A bíblia adverte acerca deles: “O homem perverso levanta a contenda, e o difamador separa os maiores amigos” (Provérbios 16.28).

Jezabel ameaçou Elias, de forma tão amedrontadora que levou Elias a fugir dela. Mas Elias teria poder para enfrentá-la, só que ele preferiu entregar a afronta a Deus e foi recompensado com um passeio num carro feito especialmente para ele, enquanto Jezabel acabou sendo “recompensada” com traição de um de seus criados (1 Reis 19).

Um relacionamento aprovado por Deus precisa que o líder reconheça o valor dos liderados e saiba tratá-los com justiça, usando a autoridade sem dominação. Quando há alguma falha de uma das partes, é necessário que a outra parte saiba usar de perdão. Só assim o relacionamento pode resistir ao teste do tempo.

Somente Deus tem autoridade para julgar e condenar a todos os pecadores. Ele estabeleceu a moral, mas não se fez moralista, fez a lei, mas repudiou os legalistas, criou o mundo mas não se tornou dominador. Todavia Ele achou por bem oferecer o perdão e a chance de salvação a todos que queiram apresentar a Ele seu arrependimento sincero e seu coração contrito. Ele é a única pessoa do mundo capaz de perdoar sem considerar o tamanho nem o tipo de ofensa recebida, como em Romanos 5.8.
Postagem Anterior
Proxima Postagens

Postado Por:

0 comentários: