quarta-feira, 2 de outubro de 2013

Lições sobre Barnabé e Paulo


INTRODUÇÃO:    

    O Senhor, que nos trouxe das trevas para a Sua maravilhosa luz, conta conosco para a propagação do Evangelho. Vemos, no decorrer das Escrituras, que Ele nunca se deixou ficar sem testemunho, At 14:17; Rom 11:4 e, para tal, nos constituiu suas testemunhas, At 1:8; Mc 16:15. Hoje iremos aprender com o exemplo de Barnabé e Paulo, dois personagens que, conquistados por Cristo, deram tudo o que eram e tinham pela pregação do Evangelho e o crescimento da Igreja de Cristo.

1.    BARNABÉ  - Levita da ilha de Chipre, seu nome era José, porém o chamavam Barnabé, gr. “parácleto”, que Lucas traduziu por “filho da consolação”  ou “filho da exortação”, devido à riqueza da sua personalidade e do seu testemunho. Era homem de posses,  At 4:36, 37. Devia ser homem de aparência garbosa e de imponente respeito, tendo sido confundido com Júpiter, o deus supremo da mitologia latina, At 14:12.
SUA OFERTA AO SENHOR:
-    Sendo levita, não podia vender sua herdade, Lv 25:34, mas abraçou a causa de Cristo, de que “é melhor dar”, At 20:35, tornando-se liberal e  dadivoso com a Igreja nascente, At 4:36,37.
-    Talvez as ações generosas para a propagação do Evangelho o conduziram à necessidade de trabalhar para sobreviver, 1 Cor 9:6.
-    Levou, com Saulo, contribuições para os flagelados da fome, At 11:30.
-    Deu sua vida, ganhos, tempo e trabalho para o Senhor, At 15:26, sendo instrumento poderoso em suas mãos, At 15:3,4,  vindo a terminar a sua vida como mártir em Chipre, segundo os pais da Igreja.
SEU SERVIÇO E INFLUÊNCIA:
-    Pessoa boa, generosa e calorosa, ofertou abundantemente seu tempo e talentos para a causa de Cristo, tanto em sua terra, At 13:4, como nos lugares distantes, At 14:6,7. Homem de oração, buscava a direção do Espírito Santo para tomar decisões.
-    Como qualquer outro ser humano, podia ceder às pressões, Gál 2:13, mas era um “homem de bem, cheio do Espírito Santo e de fé”, At 11:24, estando entre os profetas e doutores, At 13:1.
-    Destemido e com a visão de Deus, defendeu Saulo e o levou aos apóstolos, At 9:27. Representou os apóstolos em Antioquia, At 11:22,23. Tornou-se amigo íntimo de Saulo, ajudando-o muito com a sua influência, At 11:27-30, sendo dos primeiros missionários com ele, At 13:2-4, fazendo, juntos, obras maravilhosas, At 13-15.
-    Foi um dos poucos a ser chamado apóstolo junto com os 12, At 14:14, o que demonstra a excelência de sua pessoa e do seu ministério, At 15:2,22,30-31.
-    Amigo sempre disposto a dar uma segunda chance a quem precisasse, colocou-se ao lado do seu sobrinho João Marcos, At 15:36-41; Col 4:10, separando-se de Paulo e seguindo para evangelizar em Chipre, At 15:39. Sua influência sobre o parente, unida à de Pedro, 1 Pe 5:13, foi muito importante, já que Marcos foi o primeiro a escrever um dos Evangelhos de Cristo.

2.    PAULO:  chamado Saulo (o maior),  de Tarso, importante cidade da Cilícia, foi cognominado depois Paulo (o menor). Era judeu benjamita, fariseu, com cidadania romana, religioso e dedicado desde jovem, At 7:58. Recebeu cuidadosa instrução na lei judaica, At 22:3; trabalhador, At 18:3; 21:37,40; zeloso da lei, Fp 3:6, não hesitava, voluntariamente, em assumir as últimas conseqüências para defendê-la, At 8:1-3, 9:1,2.
SEU CARÁTER E SERVIÇO:
-     Convertendo-se a Cristo, At 9:8,9,19, logo foi para as sinagogas pregar que Jesus era o     Filho de Deus, At 9:20. 
-    Constituído por Deus apóstolo aos gentios, At 9:15; 22:21; Rm 11:13 foi o maior missionário de todos os tempos, cumprindo cabalmente a sua vocação.
-    Iniciado por Barnabé no trabalho entre os gentios, At 11:19-30, tornou-se pessoa de confiança, v.30. Como seu companheiro, era dirigido pelo Espírito Santo e por Ele separado, At 13:2. Com este, iniciou a primeira viagem missionária por Chipre, terra de Barnabé, At 13:4-13.
-    Voluntário e esforçado no que cria, tanto no judaismo, At 9:1,2, como no cristianismo, At 8:3; 1 Co 15:9; Rm 15:20; Cl 1:29; 1 Tim 4:10.
-    Tinha um sério compromisso com Deus e com seu ministério, Rm 11:13; Gl 2:8; 1 Tm 2:7; At 20:24.
-    Até o cap. 13 de Atos, Barnabé lidera com sua influência. Daí, devido à sua personalidade forte e destreza no Evangelho, Paulo passou a liderar, At 13:13.
-    O alto conhecimento da lei e da história judaica tornou-o estudioso e defensor do seu cumprimento em Cristo, Gl 1:17, sendo o apóstolo que mais escreveu epístolas à Igreja (13 ao todo).
-    Ao final da vida, não reclamava da velhice, mas se alegrava em ter completado a carreira e guardado a fé, mantendo os olhos fixos em sua coroa, 2 Tm 4:6-8.
-    Segundo a tradição, foi decapitado em Roma, por Nero, nas grandes perseguições, em 67 ou 68 A . D., deixando um grande e eterno exemplo de vida cristã e dedicação à causa do Evangelho.
SUA INFLUÊNCIA:
-    De perseguidor, passou a perseguido, sofrendo por amor ao Evangelho de Cristo, 2 Co 11:23-27. Tinha, porém, por motivo de alegria padecer perseguições, 2 Co 12:10, ensinando o povo a ficar firme na tribulação, 2 Ts 1:4,5 e perseverar na fé, At 13:43. Cantava na prisão, At 16:25, renunciava com prazer, Fp 3:7,8, amava, 2 Cor 11:28,29. Isto era um conforto para o povo e exemplo a seguir, Fp 1:12-14.
-    Ele próprio se recomendava como exemplo na obra do Senhor, 1 Cor 11:1; 2 Cor 6:3-10. Mesmo usado com poder, At 14:1; 19:12; 20:9,10 se gloriava apenas na sua fraqueza, 2 Cor  12:9. Teve influência decisiva na vida de Lucas, Silas, Timóteo, Tito, Áquila e Priscila, Filemon e tantos outros, enumerados no relato de Atos e nas cartas escritas por ele, formando discípulos e líderes por onde passasse. Tornou-se fundador, mentor e conselheiro de inúmeras igrejas, em toda a Ásia Menor, parte da Europa, Macedônia e Acaia (Grécia).
 
CONCLUSÃO:
    A firmeza e a constância no Evangelho resultaram em muitas perseguições, sofrimentos, 2 Co 11:23-29, 1 Co 15:32, e abandono, 2 Tm 4:13, 21; 1:15-18. Isto, porém, não desanimava os apóstolos, que se entregavam totalmente à Palavra, alegrando-se com os resultados. Por onde passavam, implantavam igrejas, milagres aconteciam, formavam discípulos, a tudo renunciando por amor a Cristo, At 19:11,12.
    A dependência do Espírito Santo, a suficiência em Deus, a entrega sem reservas e a decisão de servir, confiando na capacitação do Espírito, foram os pontos altos no ministério de quantos se destacaram na obra do Mestre.
    Deus nos salvou para isto: dar testemunho da graça de Cristo, fortelecer a Igreja e ganhar almas para o reino de Deus. O que Ele espera de nós, é voluntariedade e desprendimento para o serviço. Como disse Pedro, “o Deus de toda a graça, que em Cristo 
Jesus vos chamou à sua eterna glória, depois de haverdes padecido um pouco, ELE MESMO VOS APERFEIÇOARÁ, CONFIRMARÁ, FORTIFICARÁ E FORTALECERÁ”,  1 Pe 5:10.

Estudo feito por Pr. Claudio Schimidt
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